Cirurgião plástico|20 de janeiro de 2025
O explante com mastopexia representa um procedimento cirúrgico complexo que combina a remoção de implantes mamários com técnicas simultâneas de reconstrução mamária. Este procedimento aborda tanto os aspectos técnicos da remoção do implante quanto as preocupações estéticas da aparência mamária pós-explante. O procedimento ganhou atenção significativa devido ao aumento das solicitações de pacientes para remoção de implantes, seja por necessidade médica, preferência pessoal ou complicações da aumentação anterior. O mecanismo primário envolve a extração cirúrgica cuidadosa dos implantes, preferencialmente incluindo a capsulectomia completa, seguida de reorganização abrangente do tecido mamário através de técnicas específicas de mastopexia após o explante. As abordagens modernas variam desde incisões em âncora (T invertido) e técnicas de cicatriz mínima, dependendo das características individuais da paciente e dos requisitos cirúrgicos.
A decisão de combinar estes procedimentos geralmente deriva de várias considerações clínicas. Pacientes que apresentam ptose grau II ou III após a remoção do implante são candidatas primárias, pois a remoção isolada poderia resultar em significativa frouxidão tecidual e resultados estéticos comprometidos. As indicações médicas incluem contratura capsular, ruptura do implante ou sintomas de doença do implante mamário, combinados com ptose pré-existente ou antecipada pós-explante. O procedimento é particularmente indicado quando a avaliação pré-operatória revela significativo estiramento tecidual devido à presença prolongada do implante.
A abordagem técnica requer consideração cuidadosa da cápsula do implante existente e da arquitetura do tecido circundante. O acesso inicial geralmente utiliza cicatriz na vertical da mama, seguido por remoção sistemática do implante e manejo cuidadoso da cápsula. O componente de mastopexia requer mobilização tecidual mais extensa em comparação com procedimentos de elevação padrão, frequentemente necessitando de atenção adicional à redistribuição do tecido do pólo lateral e superior para favorecer o preenchimento do polo inferior. O planejamento cirúrgico deve considerar o vazio deixado pela remoção do implante e antecipar mudanças no volume e forma final da mama.
O manejo da cápsula representa um componente crítico que requer cuidadosa tomada de decisão cirúrgica. A capsulectomia completa frequentemente proporciona resultados ótimos, particularmente em casos de cápsulas calcificadas ou suspeita de doença do implante mamário. O cirurgião deve avaliar a espessura da cápsula, aderência aos tecidos circundantes e potenciais complicações da remoção. A retenção estratégica da cápsula pode ocasionalmente ser justificada em casos onde a remoção completa poderia comprometer a integridade da parede torácica (risco de pneumotórax) ou a vascularização do tecido mamário remanescente (risco de sangramento excessivo).
A avaliação pré-operatória abrangente inclui medições detalhadas da mama, avaliação da qualidade do tecido e documentação completa das características do implante existente. Imagens tridimensionais, como as da Ressonância Magnética das Mamas, podem auxiliar bastante na previsão de resultados pós-operatórios. O plano cirúrgico deve considerar o tamanho do implante, plano de colocação, características da cápsula e grau de ptose. As expectativas da paciente requerem gerenciamento cuidadoso através de discussão detalhada do volume mamário antecipado, forma e posicionamento da cicatriz.
A recuperação após explante combinada com mastopexia tipicamente se estende além da de qualquer procedimento isolado. A cicatrização inicial requer 2-3 semanas para atividades básicas, com recuperação completa estendendo-se até 6-8 semanas. As pacientes experimentam reorganização tecidual mais significativa e respostas de cicatrização.
Complicações específicas incluem o risco de formação de hematoma que pode ocorrer devido à extensa manipulação tecidual requerida. A cicatrização retardada ao longo das linhas de incisão ocorre mais frequentemente do que em casos de mastopexia padrão, particularmente nos locais de junção em T.
As características do tecido influenciam significativamente a abordagem cirúrgica e os resultados esperados. Cobertura tecidual fina, particularmente em casos de implante subglandular, pode requerer técnicas modificadas. Casos de contratura capsular severa frequentemente necessitam de rearranjo tecidual mais extenso. O grau de elasticidade e espessura da pele impacta diretamente na seleção do padrão de incisão e na extensão da ressecção tecidual requerida para resultados ótimos.
Os protocolos de imagem pré-operatória tipicamente incluem mamografia, ultrassom e ressonância magnética, particularmente em casos de suspeita de ruptura do implante. Estes estudos ajudam a avaliar características da cápsula, detectar complicações e avaliar a qualidade do tecido mamário nativo. Ultrassom dinâmico pode fornecer informações valiosas sobre mobilidade tecidual e relações da loja do implante. Imagens tridimensionais auxiliam no planejamento cirúrgico e comunicação com a paciente sobre resultados esperados.
O manejo da assimetria pós-operatória requer avaliação cuidadosa da progressão da cicatrização e acomodação do tecido. Assimetrias menores frequentemente se resolvem dentro de 3-6 meses conforme os tecidos se adaptam e se acomodam. Assimetrias significativas podem requerer revisão cirúrgica, tipicamente adiada até 6-12 meses pós-operatórios. O enxerto de gordura representa uma ferramenta valiosa para ajuste de volume e refinamento de contorno em casos de assimetria persistente.
O acompanhamento a longo prazo deve incluir exames clínicos regulares aos 3, 6 e 12 meses pós-operatórios, depois anualmente. A vigilância por imagem segue protocolos padrão de rastreamento do câncer de mama com atenção adicional a alterações pós-cirúrgicas. As pacientes requerem educação sobre a progressão normal da cicatrização e potenciais sinais de complicações que requerem avaliação imediata.
A seleção da técnica de mastopexia depende de múltiplos fatores específicos da paciente e considerações cirúrgicas. Elasticidade da pele, volume mamário, grau de ptose e padrões de incisão anteriores desempenham papéis cruciais na seleção da técnica. Técnicas de mastopexia em T invertido podem ser adequadas para casos de ptose moderada com boa qualidade de pele. Técnicas circum-areolares, embora resultem em cicatrização mínima, são geralmente reservadas para casos com ptose mínima e boa elasticidade da pele, especialmente quando o implante está atrás do músculo.
O posicionamento original do implante impacta significativamente o planejamento e execução cirúrgica. Implantes subglandulares frequentemente resultam em tecido mais fino no polo superior e podem requerer técnicas adicionais para reforço tecidual. O posicionamento submuscular tipicamente preserva melhor qualidade tecidual, mas pode necessitar de dissecção mais extensa durante a remoção. O posicionamento dual-plane requer atenção cuidadosa à reanexação muscular e fechamento da loja. Estas considerações influenciam diretamente a seleção da técnica de mastopexia e resultados esperados.
O enxerto de gordura serve como uma valiosa técnica complementar em casos selecionados. Pode abordar déficits de volume, melhorar a qualidade do tecido e aprimorar o contorno mamário geral. O momento do enxerto de gordura pode ser imediato ou tardio, dependendo da qualidade do tecido e progressão da cicatrização. Múltiplas sessões podem ser necessárias para resultados ótimos, com atenção cuidadosa à seleção do local doador e técnicas de processamento para maximizar a sobrevivência do enxerto.
O manejo da contratura capsular requer uma abordagem sistemática durante a explante com mastopexia. A capsulectomia completa é frequentemente indicada em contraturas Baker Grau III ou IV. A técnica cirúrgica deve considerar o risco aumentado de sangramento e potenciais aderências à parede torácica. Técnicas de dissecção cuidadosa ajudam a preservar a vascularização tecidual essencial para o sucesso da mastopexia.
O manejo do CAM representa um passo importante para resultados bem-sucedidos. Marcação pré-operatória cuidadosa com a paciente em pé ajuda a garantir posicionamento final ótimo. A seleção do pedículo deve considerar cirurgia prévia, qualidade do tecido e grau de elevação requerido. Avaliação intraoperatória da perfusão ajuda a guiar ressecção tecidual segura. Técnicas para ajuste de tamanho e posicionamento do CAM devem equilibrar objetivos estéticos com manutenção do suprimento neurovascular.
Tecnologias modernas de imagem aprimoram significativamente o planejamento pré-operatório e previsão de resultados. Imagens tridimensionais auxiliam na avaliação de volume e simulação cirúrgica. Ultrassom dinâmico ajuda a avaliar relações da loja do implante e mobilidade tecidual. Técnicas avançadas de mamografia auxiliam na identificação de calcificações e alterações teciduais anormais. Estas modalidades de imagem suportam planejamento cirúrgico mais preciso e melhoram a comunicação com a paciente sobre resultados esperados.
A cirurgia de revisão requer timing cuidadoso e planejamento individualizado. Complicações precoces como hematoma ou infecção requerem intervenção imediata. Revisões estéticas devem ser adiadas até que os tecidos tenham se acomodado completamente, tipicamente 6-12 meses pós-operatórios. A abordagem à revisão deve considerar cicatrização tecidual, padrões de cicatrização e suprimento vascular. Assimetrias menores podem ser abordadas com enxerto de gordura.
Pacientes que apresentam sintomas de BII requerem avaliação pré-operatória adicional e aconselhamento. Capsulectomia completa é frequentemente preferida nestes casos, com atenção cuidadosa à remoção da cápsula em sua totalidade. O componente de mastopexia deve considerar qualidade tecidual potencialmente comprometida e inflamação aumentada. O monitoramento pós-operatório pode necessitar modificação para abordar tanto resultados estéticos quanto resolução dos sintomas. As expectativas da paciente em relação à melhora tanto física quanto sintomática requerem gerenciamento cuidadoso.
O manejo bem-sucedido da explante com mastopexia requer seleção cuidadosa da paciente, planejamento pré-operatório abrangente e técnica cirúrgica meticulosa. Pontos críticos de decisão incluem estratégia de manejo da cápsula, abordagem de reorganização tecidual e seleção apropriada do padrão de mastopexia. O monitoramento profissional foca na detecção precoce de complicações e otimização dos resultados estéticos. Atenção médica imediata é necessária para sinais de infecção, assimetria significativa ou comprometimento da perfusão tecidual. O acompanhamento regular garante progressão apropriada da cicatrização e manutenção dos resultados a longo prazo. A educação contínua da paciente sobre cuidados pós-operatórios e expectativas realistas é fundamental para o sucesso do tratamento."
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